Trabalho remoto foi a saída encontrada durante a pandemia de covid-19, e acabou por estabelecer o home office e o nomadismo digital como nova realidade
O avanço tecnológico permitiu uma revolução na forma como encaramos o trabalho. Cada vez mais digital, a dependência dos trajetos até escritórios já não é mais mandatória. Isso porque hoje é possível desempenhar tarefas de praticamente qualquer lugar, através de um notebook, tablet ou até mesmo um smartphone.
Essa tendência criou uma nova espécie de profissional: o nômade digital. Podendo trabalhar de onde for, desde que tenha uma conexão com a internet, esse profissional desfruta da possibilidade de curtir lugares diferentes, sem perder sua fonte de renda.
Profissões mais liberais e freelancers são quem costumeiramente conseguem se adaptar melhor ao estilo de vida. A chave é conseguir vender sua mão de obra, projetos ou produtos de forma online.
Isso é particularmente facilitado com o uso das ferramentas de conversa, redes sociais e softwares de conferência, que possibilitam até mesmo a realização de reuniões, atendimento a clientes e cursos de maneira completamente virtual.
O nômade digital beneficia-se, principalmente, da flexibilidade de trabalhar em qualquer parte do globo. As vantagens são muitas e não param por aí. A primeira delas é sem dúvida a possibilidade de conhecer diversos lugares, isto é, sem a necessidade de fixar moradia.
Outro benefício é a satisfação que uma rotina mais livre proporciona, tanto para a saúde do corpo quanto da mente. Na prática, um estilo de vida mais saudável fica muito mais viável perto daquele com rotinas mais restritas e maçantes.
A opção por estabelecer-se em qualquer lugar pode ser benéfica também para o estilo de vida financeira a se levar. A depender de onde se está, o custo de vida pode ser maior ou menor.
Portanto, o nômade digital tem autonomia de ditar os rumos de suas finanças, além de poder melhor programar-se e adequar-se a cada lugar.
Outro ponto positivo é a disponibilidade de horários que costumam acompanhar esse tipo de rotina. Geralmente, os nômades digitais fazem a própria agenda de trabalho, o que é particularmente interessante para quem busca engatar mais uma fonte de renda, por exemplo.
Claro que nem tudo é fácil, principalmente para quem está começando a entrar neste mundo. Manter a produtividade exige mais controle emocional e organização.
Além disso, por se tratar majoritariamente de trabalhos de freelancer, o salário é baseado em produtividade. Isso inclui trabalhar em horários alternativos, às vezes. A renda corre o risco, portanto, de ser variável.
Outro ponto é que a vida social dificilmente fica estabelecida, o que pode gerar momentos de solidão. É necessário resiliência e maior contato via redes sociais com amigos e familiares.
Para quem deseja entrar nesse mundo, a principal dica é começar aos poucos. Primeiro, saiba se você tem as habilidades necessárias para desempenhar bem seu trabalho de forma completamente autônoma. Uma cartela de clientes fiéis é um bom indicativo de que não faltará trabalho.
Já se você trabalha em uma empresa que oferece essa abertura, converse com seus superiores e procure saber se pode trabalhar remotamente. Essa já é uma realidade em muitos lugares, e há empresas que oferecem essa possibilidade como um diferencial na busca por profissionais, principalmente nas áreas de tecnologia.
Estima-se que no mundo já são mais de 35 milhões de nômades digitais. Com conhecimento, paciência e muito trabalho, você pode se tornar mais um entre eles. Para isso, um bom equipamento é imprescindível. Um bom notebook ou um celular Motorola são companheiros indispensáveis na trilha do nomadismo digital.